Escrevo cartas e envio-as pelo vento. Talvez caiam no colo de alguém que as leia.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Ao contrário do que muitos acham, eu admiro e aceito a distância.
Sem elas a maioria dos relacionamentos não dariam certo. Sim, foi exatamente isso que eu disse. Imaginem vocês, vendo seus namorados todos os dias, todas as horas, e fazendo tudo juntinho. Seria lindo, né? Mas não por muito tempo. Tudo que é doce demais enjoa. Tudo que é em excesso cansa. E é exatamente por isso que eu sou a favor da distância.
Ela floresce sentimentos, tortura na saudade, aperta o coração. Mas na hora do reencontro tudo se compensa, tudo se confere. E cada reencontro é um momento pra aproveitar de novo, e de novo, e mais uma vez. Nunca se sabe se você vai ficar uma, duas ou três semanas sem olhar aqueles olhos, ouvir aquela risada que te faz sorrir ao lembrar...
A distância tem um poder enorme sobre os sentimentos. Tudo o que for verdadeiro vai sobreviver a distância e ao tempo. Não adianta você criar mil e uma listinhas mentais para explicar a morte do que se tinha, é simples, o que é realmente verdadeiro permanece intacto.
Em alguns casos a distância consegue ser muito mais agradável do que parece. Acreditem.
O que mantém nossa atenção presa é aquilo que ainda não foi conquistado por nós. Pessoas gostam do que não tem. Pessoas gostam da conquista, querem sempre dar um passo a frente, abrir uma porta nova. Qual é a graça de abrir e reabrir todos os dias a mesma porta? O que você vai encontrar lá dentro não vai se remanejar de uma noite para outra. Leva um tempo até criar pó e precisar de alguém para lustrar toda aquela mobília. E essa é a graça da distância. Ela é a total espera do que vem pela frente. É a expectativa difundida na saudade. É o renovar, o re-usar, o re-amar. Tudo o que você já viu atrás daquela porta sempre vai ter um sabor diferente a cada vez que você reabrir.
Essa é a linha tênue que separa os pontos de vista. A distância pode maltratar, mas quando superada só encanta.
— Victória Campos
quinta-feira, 15 de março de 2012
Não, já decidi. Não vou me perder em outros corpos, outros gostos, outros amores, outros dias. Eu ainda insisto em viver os nossos dias. Aqueles que me recordo todos os dias. Eu ainda insisto em ouvir sua voz me chamando, mesmo sabendo que é só minha cabeça me torturando. Eu ainda insisto em ouvir as suas músicas, visitar os seus lugares, ver suas fotos, ler suas mensagens.
E você que já me esqueceu... E o seu sentimento que já morreu e foi enterrado há milhas daqui. E o meu amor? O que eu faço com ele? Transformo em cor e pinto as paredes do meu quarto? Seria bordô. Um vermelho meio sujo, um amor quase puro, manchado com algumas falhas nossas.
E toda noite nós comemorávamos o quão certo teria sido o dia. O quanto demonstramos e fomos e sentimos e fizemos. O quanto teria sido lindo estarmos em nossa companhia.
O que você fez com isso? Embrulhou em algum jornal e colocou na caixa de coisas velhas que você precisa dar? Pintou as paredes do seu quarto com as nossas lembranças? E o que eu faço com as minhas lembranças? Mastigo até virarem resto de nada, e engulo a seco como faço sempre que te vejo sem mim? Deixo escorrerem pela água da torneira?
Me diz, me livra disso tudo.
Você que sempre me salvou, hoje me derrota. E mal sabe disso tudo.
Mal sabe como minhas pernas bambeam quando te vejo de longe, seu andar esquisito e seu sorriso que não te deixa negar que já me superou. Mal sabe como eu fico quando ouço alguma música que me lembra você, tremula e desajeitada, rapidamente mudo o rádio de estação. Mal sabe como meu amor ainda permanece intacto, puro, ingênuo.
Eu sei, eu sei. E sinto todos os dias.
E você que já me esqueceu... E o seu sentimento que já morreu e foi enterrado há milhas daqui. E o meu amor? O que eu faço com ele? Transformo em cor e pinto as paredes do meu quarto? Seria bordô. Um vermelho meio sujo, um amor quase puro, manchado com algumas falhas nossas.
E toda noite nós comemorávamos o quão certo teria sido o dia. O quanto demonstramos e fomos e sentimos e fizemos. O quanto teria sido lindo estarmos em nossa companhia.
O que você fez com isso? Embrulhou em algum jornal e colocou na caixa de coisas velhas que você precisa dar? Pintou as paredes do seu quarto com as nossas lembranças? E o que eu faço com as minhas lembranças? Mastigo até virarem resto de nada, e engulo a seco como faço sempre que te vejo sem mim? Deixo escorrerem pela água da torneira?
Me diz, me livra disso tudo.
Você que sempre me salvou, hoje me derrota. E mal sabe disso tudo.
Mal sabe como minhas pernas bambeam quando te vejo de longe, seu andar esquisito e seu sorriso que não te deixa negar que já me superou. Mal sabe como eu fico quando ouço alguma música que me lembra você, tremula e desajeitada, rapidamente mudo o rádio de estação. Mal sabe como meu amor ainda permanece intacto, puro, ingênuo.
Eu sei, eu sei. E sinto todos os dias.
Anjo protetor, uma forma discreta de falar sobre o amor...
Vai caindo a tarde e eu me recordo onde estaríamos. Não fisicamente, falo de alma. A minha estaria cuidando de ti onde quer que estivéssemos. Na verdade não estaria... Está.
Eu cuido de ti mesmo sem o seu consentimento. Sou menina teimosa. Quero te cuidar ontem, hoje e todos os seus dias. Quero te proteger - mesmo que incapaz - de tudo que pode te atingir ou te machucar de alguma forma.
Virei seu anjo, é isso.
Uma força espiritual tão grande capaz de conectar-me a ti sem que saiba, ainda que assim sinta, questionando-se que arrepio é esse que te dá sempre que sente essa brisa entre seus braços.
Não te peço que seja fiel a teu anjo. Poderás procurar abrigo em outro coração, conforto em outros abraços, confiança em outros olhares.
Não te peço reciprocidade. Aceito cuidar-lhe mesmo que de longe, mesmo sem consentimento, sem troca, sem amor, sem carinho, sem presença. Só o oco que ficou desde que partistes dos meus braços.
Não te cobro nada, só me prometa uma coisa... Quando seus pensamentos se rodearem de energias negativas, quando tudo o que estiver ao seu alcance for pouco demais, quando duvidarem da sua capacidade e da sua vontade, lembre-se: ainda tens seu anjo protetor. E os anjos costumam permanecer lado a lado - mesmo que invisível aos olhos - por toda a vida.
Eu cuido de ti mesmo sem o seu consentimento. Sou menina teimosa. Quero te cuidar ontem, hoje e todos os seus dias. Quero te proteger - mesmo que incapaz - de tudo que pode te atingir ou te machucar de alguma forma.
Virei seu anjo, é isso.
Uma força espiritual tão grande capaz de conectar-me a ti sem que saiba, ainda que assim sinta, questionando-se que arrepio é esse que te dá sempre que sente essa brisa entre seus braços.
Não te peço que seja fiel a teu anjo. Poderás procurar abrigo em outro coração, conforto em outros abraços, confiança em outros olhares.
Não te peço reciprocidade. Aceito cuidar-lhe mesmo que de longe, mesmo sem consentimento, sem troca, sem amor, sem carinho, sem presença. Só o oco que ficou desde que partistes dos meus braços.
Não te cobro nada, só me prometa uma coisa... Quando seus pensamentos se rodearem de energias negativas, quando tudo o que estiver ao seu alcance for pouco demais, quando duvidarem da sua capacidade e da sua vontade, lembre-se: ainda tens seu anjo protetor. E os anjos costumam permanecer lado a lado - mesmo que invisível aos olhos - por toda a vida.
sexta-feira, 9 de março de 2012
Te acalma menina, ele não foi o primeiro nem vai ser o último. Não vai ser o único a pegar na sua mão e te fazer sentir o mundo todo indo ao chão, porque aquilo tudo é lindo, ele é lindo. Ele não vai ser o último cara que vai sorrir com os olhos e fazer o mundo inteiro valer a pena. Não vai ser o último a te deixar com as pernas bambas depois de um beijo, muito menos o último a querer te beijar.
Virão muitos, irão muitos. E assim como agora, seu mundo vai desabar em cada despedida. Pode chorar, é muito mais que natural você chorar como se tivesse perdido seu braço direito. Só não se esqueça que isso tudo passa, e quando passar você vai florescer de novo. Seu coração vai voltar a sentir todas aquelas primeiras sensações com a próxima pessoa que vai te abalar. É normal menina, tudo isso vai passar também. Enquanto não passa, pode chorar, esbravejar, esperniar, dizer que tudo é nada sem ele - aquele velho clichê -, morrer por dentro mas continuar em pé sem que ninguém perceba que te falta metade. E com o tempo, essa metade vai reaparecer e tu vai estar completa de novo menina, novinha em folha, feito papel que acabou de sair da máquina.
Sem esses aprendizados, essas cicatrizes no coração -pensarás daqui uns anos- eu não seria tão forte como eu sou hoje.
Virão muitos, irão muitos. E assim como agora, seu mundo vai desabar em cada despedida. Pode chorar, é muito mais que natural você chorar como se tivesse perdido seu braço direito. Só não se esqueça que isso tudo passa, e quando passar você vai florescer de novo. Seu coração vai voltar a sentir todas aquelas primeiras sensações com a próxima pessoa que vai te abalar. É normal menina, tudo isso vai passar também. Enquanto não passa, pode chorar, esbravejar, esperniar, dizer que tudo é nada sem ele - aquele velho clichê -, morrer por dentro mas continuar em pé sem que ninguém perceba que te falta metade. E com o tempo, essa metade vai reaparecer e tu vai estar completa de novo menina, novinha em folha, feito papel que acabou de sair da máquina.
Sem esses aprendizados, essas cicatrizes no coração -pensarás daqui uns anos- eu não seria tão forte como eu sou hoje.
quinta-feira, 8 de março de 2012
E olhava desesperançosamente para a porta, como se por ali fosse entrar a qualquer momento a esperança. Um bucado de esperança que lhe encheria o peito com tal felicidade perdida no passado.
Olhava chorosa para o carro pela janela da sala e pensava que não havia nada mais desesperançoso que esperar alguma resposta. Esperar alguma mudança, alguma palavra, alguma emoção, algum sorriso... Nem que fosse uma briga que viesse acompanhada de reconciliação depois.
Esperar... Nós vivemos esperando. Espero que amanhã não chova. Espero que amanhã não tenha transito. Espero que amanhã não faça tanto calor como nos últimos dias. Espero que as roupas do varal sequem. Espero que não tenha muita louça na pia. Espero que ele me ligue e diga que sentiu minha falta esses anos todos. Espero que essa tempestade passe e não volte por um bom tempo...
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Olha, eu estou lhe escrevendo apenas para lembrar como éramos juntos. Como sorríamos a cada conquista, seja minha ou sua. Como você me olhava com aquela cara de "fica mais um pouco" sempre que eu dizia estar na hora de ir pra casa.
Olha, eu sei que os caminhos nem sempre são largos, e por eles só cabe a uma pessoa trilhar. As coisas - por mais que não seja de nossa vontade - não seguem o roteiro fantasioso da nossa mente.
Olha, eu sinto sua falta. Eu sinto falta daquele sorriso de lado e procuro ele todos os dias em qualquer pessoa no metrô, no ônibus lotado, nos corredores dos shoppings. Sinto falta dos seus braços em volta da minha cintura. Seu andar esquisito que me fazia sorrir quando via de longe. Suas mãos sempre quentes que me lembravam aquela frase que diz "mãos quentes, coração frio" e eu sempre discordara disso depois de tocar nas suas. Seu cabelo sempre arrumado que eu insistia em bagunçar e seu nariz pontudo.
Sempre vou lembrar dessas coisas, porque o que foi bonito fica com toda força dentro de mim. E permanece em tudo. Na cabeça, na memória, no coração. No toque. Nos lábios. Na saliva. Na doçura que permanece no fundo dos olhos. E nada disso vai se esfarelar com o tempo e as marcas que nascem dia após dia. Como um quadro do Picasso, vai ser protegido e guardado aqui dentro.
Olha, eu sei que os caminhos nem sempre são largos, e por eles só cabe a uma pessoa trilhar. As coisas - por mais que não seja de nossa vontade - não seguem o roteiro fantasioso da nossa mente.
Olha, eu sinto sua falta. Eu sinto falta daquele sorriso de lado e procuro ele todos os dias em qualquer pessoa no metrô, no ônibus lotado, nos corredores dos shoppings. Sinto falta dos seus braços em volta da minha cintura. Seu andar esquisito que me fazia sorrir quando via de longe. Suas mãos sempre quentes que me lembravam aquela frase que diz "mãos quentes, coração frio" e eu sempre discordara disso depois de tocar nas suas. Seu cabelo sempre arrumado que eu insistia em bagunçar e seu nariz pontudo.
Sempre vou lembrar dessas coisas, porque o que foi bonito fica com toda força dentro de mim. E permanece em tudo. Na cabeça, na memória, no coração. No toque. Nos lábios. Na saliva. Na doçura que permanece no fundo dos olhos. E nada disso vai se esfarelar com o tempo e as marcas que nascem dia após dia. Como um quadro do Picasso, vai ser protegido e guardado aqui dentro.
Sabe quando você cansa de tanto cansar? Cansa de cansar das pessoas, das atitudes, das mesmas brigas, dos mesmos motivos, das mesmas histórias. Cansar cansa infinitamente. E isso dá uma canseira imensurável. Você não tem vontade de fazer mais nada, só continuar deitada vegetando na cama por dias, quem sabe meses. E você pensa que vai levantar e as coisas vão mudar sozinhas, de uma semana pra outra. E vão mesmo, o mundo continua girando e as coisas continuam mudando, posições se invertem e valores se perdem.
Eu quero alguém que me tire do sério, mas que depois me beije até calar minha boca e cessar minha vontade de sair correndo e lamentar o quanto eu não combino com ninguém por ser tão intensa. Eu quero alguém que tenha as costas largas ao ponto de me abraçar e o resto do mundo ficar invisível. Eu quero alguém que me diga o quanto eu sou chata quando tento explicar meu ponto de vista, mas que ria comigo depois se eu assumir que sou chata mesmo e é assim que dá pra ser. Alguém que ache graça no meu jeito me-faço-de-princesa-pra-você-gostar-de-mim e me diga o quanto eu sou fofa quando quero. E o quanto sou malandra quando querem. Alguém que me veja com olhos capazes de atravessar minha armadura e descobrir que eu tenho coração de moça.
E foi querendo tanto esse alguém que eu passei a assumir meu coração vazio e cansado de esperar tanto uma coisa que só vem quando a gente deixa de esperar.
É pra essas pessoas que estão falando alto, rindo alto, exibindo seu sorriso enorme e forçado. Essas pessoas que tem sempre a necessidade de se mostrar feliz, porque a felicidade de dentro nunca é o suficiente. Mal sabem como é claro o saco de fingimento. Mal sabem que vão chegar em casa, sentar no sofá com algum programa qualquer passando na TV e vão se perguntar: "Que merda é essa que eu faço todos os dias fingindo feliz e sorrindo pra todo mundo?". Mal sabem essas pessoas como no final, tudo isso vai ser vazio e solitário. E essa felicidade fingida vai se tornar solidão. E no dia seguinte vão ter fazer o mesmo teatro inútil.
Eu sei. Eu já fui assim.
Eu sei. Eu já fui assim.
Mulher bonita sofre. Porque quem vê cara não vê coração. Quem vê cabelo bem cuidado, rosto aveludado e traços bem definidos não vê as deformidades que o coração carrega, os pensamentos tortos que a mente alimenta e as marcas que a solidão deixa.
Mulher bonita sofre porque pode ser comparada com aquela maçã lá em cima. Todos olham, admiram, desejam. Mas poucos, ou quase nenhum são homens o bastante pra se arriscar a pegar aquela maçã. Preferem pegar as que já caíram da árvore, as que estão na parte mais baixa da copa das árvores e são fáceis de pegar. E aos poucos o topo da copa vai ficando vazio. E as maçãs mais podres vão caindo. E tudo isso é solitário. Ficar lá em cima esperando um homem aparecer e lutar para chegar até lá é solitário.
E ninguém acha que mulher bonita sofre. Só porque tem um sorriso bonito, um cabelo de dar inveja, um corpo merecedor das mais aconchegantes mãos para apalpar. E o coração fica lá dentro dessa armadura. E ninguém encherga, ninguém cuida, ninguém liga. Quando apodrece de dentro pra fora não tem mais jeito irmão, aquela maçã rainha de todas as outras se rende ao piedoso chão e espera qualquer um a vir buscar. Até a árvore florescer de novo. E uma nova maçã rainha nascer e esperar por esse homem que vai mudar esse eterno ciclo.
Mulher bonita sofre porque pode ser comparada com aquela maçã lá em cima. Todos olham, admiram, desejam. Mas poucos, ou quase nenhum são homens o bastante pra se arriscar a pegar aquela maçã. Preferem pegar as que já caíram da árvore, as que estão na parte mais baixa da copa das árvores e são fáceis de pegar. E aos poucos o topo da copa vai ficando vazio. E as maçãs mais podres vão caindo. E tudo isso é solitário. Ficar lá em cima esperando um homem aparecer e lutar para chegar até lá é solitário.
E ninguém acha que mulher bonita sofre. Só porque tem um sorriso bonito, um cabelo de dar inveja, um corpo merecedor das mais aconchegantes mãos para apalpar. E o coração fica lá dentro dessa armadura. E ninguém encherga, ninguém cuida, ninguém liga. Quando apodrece de dentro pra fora não tem mais jeito irmão, aquela maçã rainha de todas as outras se rende ao piedoso chão e espera qualquer um a vir buscar. Até a árvore florescer de novo. E uma nova maçã rainha nascer e esperar por esse homem que vai mudar esse eterno ciclo.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Eu me peguei pensando. Como sempre. E pensando em nós. Novidade. Sempre
vi esses relacionamentos, as fotos nos albuns, a felicidade que o casal
passava. Sempre tive vontade de ter um amor daqueles. Um amor bonito. Quis
desfilar com a minha felicidade acompanhada por aí. Até desfilei algumas vezes,
mas nunca com alguém que preenchesse a solidão já acomodada do meu peito.
O que eu mais admiro na nossa relação é isso. A purpurina que eu jogava
em cima de casais que pouco pareciam felizes, nasceu em nós. Isso vem de dentro
pra fora. Veio com tudo e aos poucos. E nasce mais um pouquinho a cada dia. E
brilha ofuscando todo o resto das pessoas que desfilam sua felicidade por aí. E
nossa amizade cresce a cada dia. E o carinho se multiplica. E o amor nem se fala...
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Seus pensamentos estavam longe. Talvez, perto. Uma linha tênue entre o que está longe dos olhos mas perto do coração. Pensava em como teria sorte de encontrar a pessoa que faz seu coração disparar a cada toque, como teria sido capaz de encontrar no meio da multidão aquele olhar que derreteu seu coração no primeiro instante, o beijo mais doce que pudera provar em sua vida. Que sorte seria essa que fez a pobre moça - constantemente incontente com o amor - sorrir à toa em uma segunda-feira tediosa e nublada? Estava apaixonada como nunca havia estado. Declarava bandeira branca a persistente vontade de quebrar todas as fantasias de sua cabeça. Deixava viajar em pensamentos sem ao menos sair do lugar tirando os pés do chão. Estava apaixonada, como as moças dos filmes ficam. E ficam felizes. E ficam tristes ao mesmo tempo quando um pensamento egoísta lhes passa pela cabeça, não pode perder seu amado por nada na vida. Assim como todas essas moças, ela só quer ter seu coração - agora confortado - preservado. Um futuro claro, um trabalho no qual goste do que faz, uma casa com cerquinha branca em volta, dois cachorros enormes que fazem festa quando chegam do trabalho. Esse clichê todo, mas que faz um bem danado quando acontece.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
A partir do momento em que ele abriu os lábios e sorriu, naquele momento eu soube que aquele gesto seria o meu maior conforto.
Eu soube que quando a tristeza batesse aqui dentro, eu me lembraria daquele sorriso, e perceberia o porque de eu não desistir de lutar por ele. Eu soube que quando eu sentisse falta de carinho, eu me lembraria daquele sorriso e sorriria também, como se eu estivesse a sentir o seu toque. Eu soube que quando outro rapaz se aproximasse de mim com a intenção de me roubar e me ter em sua posse, eu me lembraria daquele sorriso e teria consciência que não há ninguém como ele. Eu soube que aquele sorriso equilibraria o amor que eu sinto, eu soube que resolveria alguns dos nosso problemas, naquele momento eu soube que o meu lugar era ao lado dele, observando aquele sorriso.
Júlia Zomer
Eu soube que quando a tristeza batesse aqui dentro, eu me lembraria daquele sorriso, e perceberia o porque de eu não desistir de lutar por ele. Eu soube que quando eu sentisse falta de carinho, eu me lembraria daquele sorriso e sorriria também, como se eu estivesse a sentir o seu toque. Eu soube que quando outro rapaz se aproximasse de mim com a intenção de me roubar e me ter em sua posse, eu me lembraria daquele sorriso e teria consciência que não há ninguém como ele. Eu soube que aquele sorriso equilibraria o amor que eu sinto, eu soube que resolveria alguns dos nosso problemas, naquele momento eu soube que o meu lugar era ao lado dele, observando aquele sorriso.
Júlia Zomer
Allie: Diga uma coisa, Noah, do que é que você mais se lembra do verão que passamos juntos?
Noah: De tudo.
Allie: Alguma coisa em particular?
Noah: Não - disse ele. -
Allie: Você não se lembra?
Ele só respondeu um momento depois, com voz calma e séria.
Noah: Não, não é isso. Não é o que você está pensando. Eu estava falando sério quando disse que me lembro ”de tudo”. Consigo recordar todos os momentos que passamos juntos, e em cada um deles havia alguma coisa maravilhosa. Na verdade não consigo escolher um momento que tenha significado mais que o outro. O verão inteiro foi perfeito, o tipo de verão que todo mundo deveria ter. Como poderia escolher um momento em vez de outro? Muitas vezes os poetas descrevem o amor como uma emoção que não podemos controlar, uma emoção que esmaga a lógica e o bom-senso. Comigo foi assim. Eu não planejei me apaixonar por você, e duvido que você também tenha planejado se apaixonar por mim. Mas, assim que nos conhecemos, estava claro que nenhum de nós conseguia controlar o que estava acontecendo com a gente. Ficamos apaixonados, apesar das diferenças entre nós, e quando isso aconteceu, alguma coisa rara e maravilhosa foi criada. Para mim, um amor como aquele só acontece uma vez, e é por isso que cada minuto que passamos juntos ficou gravado na minha memória. Nunca me esquecerei de um momento sequer.
Nicholas Sparks em "The Notebook".
Sophia recordara de supetão como se acontecera ontem. Eram oito horas da noite de uma quarta-feira de Junho. Como todos os dias, ele ligava para ela para conversarem, contarem como teria sido o dia de ambos, fazerem juras de amor e todas aquelas coisas que jovens conversam para passar o tempo.
Passaram dias, semanas, meses... E nada de se encontrarem.
A saudade de algo que nunca fora visto pelos olhos e sentido pelo tato apertara como nunca. Uma dorzinha que latejava no fundo do peito de Sophia.
Louis jamais dera notícias a pequena que lhe fazia juras de amor. Teria ele decicido se afastar de tudo que os olhos são incapazes de enxergar. Resolveu deixar toda aquela fantasia de lado e encarar que ele jamais fora o jovem que Sophia imaginava.
Estaria ela amando alguém que jamais existira em seu mundo. Inventaram-te um personagem e iludiram teu coração.
Acalma pequena, um dia essa dor há de passar e você há de ver que as melhores pessoas do mundo podem estar ao teu lado, cabe a ti aceita-las como se fossem tão especiais quanto as que estão longe.
Passaram dias, semanas, meses... E nada de se encontrarem.
A saudade de algo que nunca fora visto pelos olhos e sentido pelo tato apertara como nunca. Uma dorzinha que latejava no fundo do peito de Sophia.
Louis jamais dera notícias a pequena que lhe fazia juras de amor. Teria ele decicido se afastar de tudo que os olhos são incapazes de enxergar. Resolveu deixar toda aquela fantasia de lado e encarar que ele jamais fora o jovem que Sophia imaginava.
Estaria ela amando alguém que jamais existira em seu mundo. Inventaram-te um personagem e iludiram teu coração.
Acalma pequena, um dia essa dor há de passar e você há de ver que as melhores pessoas do mundo podem estar ao teu lado, cabe a ti aceita-las como se fossem tão especiais quanto as que estão longe.
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