Escrevo cartas e envio-as pelo vento. Talvez caiam no colo de alguém que as leia.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Seus pensamentos estavam longe. Talvez, perto. Uma linha tênue entre o que está longe dos olhos mas perto do coração. Pensava em como teria sorte de encontrar a pessoa que faz seu coração disparar a cada toque, como teria sido capaz de encontrar no meio da multidão aquele olhar que derreteu seu coração no primeiro instante, o beijo mais doce que pudera provar em sua vida. Que sorte seria essa que fez a pobre moça - constantemente incontente com o amor - sorrir à toa em uma segunda-feira tediosa e nublada? Estava apaixonada como nunca havia estado. Declarava bandeira branca a persistente vontade de quebrar todas as fantasias de sua cabeça. Deixava viajar em pensamentos sem ao menos sair do lugar tirando os pés do chão. Estava apaixonada, como as moças dos filmes ficam. E ficam felizes. E ficam tristes ao mesmo tempo quando um pensamento egoísta lhes passa pela cabeça, não pode perder seu amado por nada na vida. Assim como todas essas moças, ela só quer ter seu coração - agora confortado - preservado. Um futuro claro, um trabalho no qual goste do que faz, uma casa com cerquinha branca em volta, dois cachorros enormes que fazem festa quando chegam do trabalho. Esse clichê todo, mas que faz um bem danado quando acontece.
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