quinta-feira, 8 de março de 2012


E olhava desesperançosamente para a porta, como se por ali fosse entrar a qualquer momento a esperança. Um bucado de esperança que lhe encheria o peito com tal felicidade perdida no passado.

Olhava chorosa para o carro pela janela da sala e pensava que não havia nada mais desesperançoso que esperar alguma resposta. Esperar alguma mudança, alguma palavra, alguma emoção, algum sorriso... Nem que fosse uma briga que viesse acompanhada de reconciliação depois.

Esperar... Nós vivemos esperando. Espero que amanhã não chova. Espero que amanhã não tenha transito. Espero que amanhã não faça tanto calor como nos últimos dias. Espero que as roupas do varal sequem. Espero que não tenha muita louça na pia. Espero que ele me ligue e diga que sentiu minha falta esses anos todos. Espero que essa tempestade passe e não volte por um bom tempo...

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